Fôsse-me dada a força e
a inspiração dos mais estudados;
Almas em distensão aplicadas ao
erudito,
Certo seria enquanto o
meu pensar vagueasse por mundos
donde palavras brotam em árvores
de ideologia eu bem pro-
var dum destes frutos - quais
a maçã proibida - do conhecimento,
Para aderir em meu palavreado
parco algo de insubstancial:
pretexto para consigo...
E, deferido do continuum do
espaço e do tempo, elegeria
a causa a seu efeito; vergaria aos
monumentos que são os poemas
destes sábios - Homero, Camões,
Pessoa e suas pessoas - o meu ar
solitário de camponês da pequena
aldeota;
À minha súbita pretensão
assustaria-me em não pertencer a
este sítio donde povoam com letras
à prova de fogo os mais heréticos
ostracismos,
Na lânguida pauta in-
fernizaria da mais compêndia assom-
bração vinculada ao Caos os que o Mal
mo desejassem;
Coberto de poderosos argumentos,
refutaria do purgatório as razões de
existência dos espíritos lá padecidos,
Como por obra do Destino
faria valer a Vontade do Gênio
poético, estupurando valores e
tradições.
À este estrago todo, cabendo
apenas aos desvios de caráter de
uma personalidade doentia, eligiria
uma prece para a Ordem e ventos
soprariam sem nenhum motivo para
o Nordeste, apontando o caminho
de minha própria ilusão.
Aos tesouros achados nas ver-
tentes de virtuose telepática, com-
bateria àqueles cujo alvo fosse a
simetria batizada por austeros
guerreiros vindos da martirizada
torre dos profetas da Planície.
Esse tempo seria o da Nova Era,
onde os escombros da Guerra
sulfurizassem ainda o restante de
vida remanescente,
Aqui, acolá
um sobrevivente: prova da piedade
de quem sonhou um dia com um
mundo melhor e mais justo; dos
deuses somente o calabouço de
Prometeu e das horas, a da morte
dos sintéticos seres criados
em um instante de inspiração;
Adornado com asas de anjo
e respirando a fumaça das cinzas:
o poluído e despudorado sentimento
humano e todas sa suas contentações;
a Viga dos misteriosos super-seres
sorumbáticos, a opulência da corrupção
Qu'à envolvente torrente dos
acontecimentos cobriria a lava, e dos
vulcões o cuspe enegrecido do basáltico
solo dos proteladores da Verdade;
O vermelho céu e as cidades
anestésicas, e o tumor do planeta
assegurados ao simplório toque da
pena.
Petrecostal.
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
sexta-feira, 30 de dezembro de 2011
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