É de tingir de anil o céu que me sustenta,
da tamanha colisão entre as estrelas; o fel
sulfuroso omite-me seu engar, e do sabor
frutífero das cousas mais simples sentencio-me
culpado.
Dá-me leveza a treliça de brilhantes
escolhida por ti quando resolvi presentear-te,
sou ela em teu pescoço nu e não me engano,
era pra ser assim.
E quanto não foi bonito pensar não existir
outra maneira de te amar - um sonho, talvez.
Se serve-te de mim, sou vassalo do teu
querer a pintar e tecer o sentimento meio
vago meio duro que emerge qual uma Moby
Dick naquele instante saboroso para o qual
nossos olhos devem encontrar-se.
É bem de dizer essa febre a subir-me
feroz à tez da minha incredulidade quando esqueço
da razão e passo a ser só instintos; aí estás
e eu, pobre e indolente só sei te sentir por
entre minhas entranhas quando nesse quadro
ainda vão-se os muitos tons desse azul sentimento.
Serei então teu ninho para quando quiseres
pousar do cansaço; sua voz nos momentos de quietude;
seu pólem quando resolveres beijar a flor do
nosso trejeito palpitante de nós dois; a quentura
nos montes mais altos e frios e quanto o queira.
Enquanto isso, serve-me de tudo a tua lembrança
e inquieto vou passando e cantando alegre essa
mania a que chamo te amar.
Petro
16/12/2010
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
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