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terça-feira, 9 de março de 2010

Estava fumando um cigarro agora à pouco quando a frase da escritora Lia Luft, "Pensar é Transgredir" veio-me e atingiu-me como uma bala de canhão. É que estava fazendo minha caminhada diária numa praça perto de casa, a Praça das Flores, e enquanto caminhava, muitos pensamentos à vulso assomaram minha alma e tomaram-me por completo. à medida em que andava, novas interveções psíquicas construiam-se e desconstruiam-se com uma facilidade exponencial em minha mente. Notei por mim, as pessoas do lugar parecerem incomodadas com aquilo, não sei como, afinal pensamentos não foram feitos para serem ouvidos, entretanto, parecia a mim estar sendo ouvido ali o tempo todo, e, mesmo a quilômetros de distância, acreditava haver alguém escutando-me, alguém mesmo que fôsse uma pequena bactéria dos muitos multiversos que compreendem o homem. Então dei por mim: como transgredir é forçosamente um ato ilícito, parece ser proibido ao ser humano dar vazão ao natural e quase automático ato de pensar. Tranzendo isso para uma realidade mais próxima nossa, acredito que os muitos escritores que existem por aí a fora diriam estar eu correndo perigo, pois que já é chavão dizermo-nos uns aos outros, "cuidado, pensar é perigoso". Perigoso, sim. Pode até ser, mas não da maneira como enxergo, pois ousei pensar - e pensar alto, tento aqui por um duplo sentido a esta palavra "alto" - e ninguém veio aqui até em casa mo perseguindo, ou mesmo ameaçou-me, pelo menos não até onde pude perceber, e, cá estou, inteiro e vivaço para transmitir-lhe um pouco da alegria que é o pensamento livre, destituído de preconceitos ou tabus de quaisquer natureza.

Petrecostal

09/03/2010

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