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terça-feira, 12 de janeiro de 2010

O Poeta da Tarde

Essas passagens pelos campos e tudo tão verde
suas tardes vadias e uma sem fim sede
nossas trouxas vazias e ermas redes
tudo isso faz parte e
quem bem souber
que diga-me
do Poeta da Tarde.

Yangs subtis entre florestas e vales tão vermelhos
queimadas são o que vale à tal cor um espelho
fincadas bandeiras, baluartes que aqui
doutras épocas fazem suas
e yings já são
ao breve

''Puseram-me aqui de que serventia, já que nem é
nem foi nunca dia, para mesmo poetar dizem só
a noite existir, sem combalir os cantos dos
pássaros, seios à postos chumiscados
bárbaros.

Que dita uma poesia, ela só em verdade valia
se feita neo-concumitantemente no período
dilacerante em que o sol põe-se à cada
instante."

Serventia válida desse tão esperado estacionar
é que me bate em minha cabeça a machadar
as palavras d'uma certa nova Arte, essa é
a política breve sem rima ou esquina
de que vale-se o crepúsculo
a ojeriza ferina
o mar.

Soube-se de então adiante, o Poeta da Tarde
vagueante, só lembrar-se desse instante
no qual a rosa desabrocha
e essa Terra - imensa rocha
chora feito dia minguante:
tarde.

Petrecostal

12/01/2010

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