Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

sábado, 2 de janeiro de 2010

Mais um Pedaço dos Presságios Bulímicos

O oficial de Justiça, Jairo SIngular tomava anotações em seu caderninho e o cabo Jacaúna, seguido de alguns outros polícias, reguardava um colóquio em tom de segredo com uns poucos agentes da imprensa que, por via da ocasião pairavam por lá. Aparentemente o caso de assassinato da Sra. Nicolau, uma velha rica de 78 anos de idade havia repercutido mais do que o desejado. Desta vez, as três amigas não foram recebidas com muita cordialidade por parte do delegado. Aliás, quando tentaram lhe falar o que havia sucedido em seu apartamento, Lia Caruso e sua prima Karmen, não sem uma boa dose de cautela da amiga Deise, que as puxava pela cintura, visualmente com mêdo de que o oficial SIngular lhe fôsse mais dura, aparentando haver sido esquecimento; ouviram alguns gritos de raiva do oficial que, cercado por uma meia dúzia de repóteres achava-se notavelmente irritado.
- Saiam daqui agora. Todas as três.
Com o rabo entre as pernas, as garotas não ousaram insistir. Estava sendo feito um trabalho de campo do outro lado da cidade, enquanto que, no 4o Distrito, tocavam a profissão. Dizendo que não ia mais dar entrevista, o oficial Singular saiu-se dali para a casa da Sra. Nicolau. A mansão distante de tudo e de todos recolhia-se com o fim da tarde.
Sem saber o que fazer, haja visto o cabo Jacaúna também haver-se retirado do local, as amigas assistiram Lia Caruso devorar um croissant saído de dentro da bolsa que vivia cheia de farelo.
A delegacia incômodo para as outras duas enquanto que Lia, acostumada com a atmosferra tentava mantêr-se à par de tudo e de todos, não deixando-se levar pelo fato de seu delegado preferido haver saído. Disse à Karmen e Deise que se assim quisessem, deveriam ir-se. Pediu ainda à Karmen, sua prima, que passasse em um canto antes. Explicou-lhe que seu apartamento estava limpo, já que ela mesma fizera uma vistoria, mas, que encontrasse também o advogado Diego Veras que restava no Fórum Clóvis Beviláqua para ajudá-las a verificar os conformes.
Logo ao chegarem no local combinado, tanto Karmen Caruso como sua amiga Deise, de frente para a magnitude que é o prédio do fórum, deram um "clean" no visual e entraram.
Nem sequer pararam perante o protocolo para pedir informações; valendo-se de uma nota a vulso onde tinha anotado o aparte aonde trabalhava o advogado Diego Veras e para lá dirigiram-se primeiramente. Bateram algumas vezes na porta no que logo foram atendidas. Diego era um rapaz novo, mas com um nome a zelar , seus olhos brilhavam ao ouvir as amigas, e tinha sobrancelhas copadas em pêlo preto bem escuro mesmo. Do alto de seus 1,84m olhava para baixo dirigindo a palavra às duas ao mesmo tempo, havia desmarcado com um cliente para recebê-las e foram direto ao assunto, sem mais rodeios. Aparentemente, Veras já sabia do ocorrido, bem como do problema com Deise Silva ali presente. A conversa, no lugar de tomar um rumo chato e apreender-se por apenas burocracia, não passou de uma assimilação dos fatos e até riram um pouco.

Nenhum comentário: