Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Os Presságios Bulímicos - Romance Policial por Petrecostal

Capítulo I

Lia acordou e esfregou a preguiça dos olhos. Às sete da manhã já sentia fome e dirigia-se à cozinha para preparar o café. Todavia, sua fome insaciável era de uma característica notável, Lia comia e não engordava e, isso todos os dias. Término o desjejum retirou-se de casa e dirigiu-se vagarosamente para o quarto, ainda guardando um pouquinho de sono, antes do banho matinal. A chuveirada quente sempre despertava-a de vez e o corrido dia à dia já esperava pela advogada criminal - todos os seu casos foram de grande sucesso, até hoje. Entrou no seu novíssimo Beetle, um carro que tinha sido comprado com o fruto de uns aninhos de trabalho árduo, e que agora substituía o velho Mille de segunda mão que dirigia até então. Rodou até seu escritório. Era de costume seu não ter horário fixo de almoço. Sempre realizava suas refeições em cima de sua mesa, dentro da saleta que ocupava quando trabalhando. "Lia Caruso", diziam as letras na vidraça do gabinete e logo abaixo, "ADVOGADA CRIMINAL". No prédio em que trabalhava, também mantinham ofício duas grandes amigas suas, uma prima distante, chamada Karmen (ostentadora de seu mesmo sobrenome), mulher encorpada e de certo charme natural, e, uma inquilina raquítica de cabelos espetados feito palha e olhos esbugalhados, Deise Silva. Perto delas, Lia, com seus predicados femininos mais sutis, passaria por uma modelo facilmente. Tinha com as duas, Lia, um relaconamento sincero e de bopm gosto, sempre reunindo-se para comentar os seus causos, ou falar sobre os inúmeros casos amorosos de Deise e, é claro, tratar de assuntos familiares com a prima, que apesar de distante, mantinha com Lia relações de amizade bastante estreitas. Eram um trio perfeito. Uma completava a outra e nunca ou quase nunca eram vistas separadas uma da outra, até mesmo pela proximidade em que se encontravam; conversas não faltavam, muito menos homens para as três, que nos "happy hours", entre cervejas geladas e fumaça de cigarro - eram as três fumantes inveteradas - falavam de tudo menos delas mesmas. Conheciam-se bem, essa era a verdade e viviam quase que em sintonia plena com o mundo que as rodeava.

Nenhum comentário: