O Bom Prosador é nele mesmo uma concentração de um conjunto estapafúrdio de valores escapes à partir do voraz instinto propagado através da fala.
Não confundir com o falador, essa espécime rara para as mêsas mais sérias que entendem o colóquio quase como um ritual religioso; aquele é sempre bem vindo à roda de conversa; este, antes de chegar pode mesmo considerar-se dali expulso. É bem da verdade, os graus intermédios fazerem parte de todo o discurso talhado ao reverberar das vozes; cada qual sabendo, portanto, a função que lhe cabe dentro do todo que o cerca. Geralmente em uma mêsa, ou á uma reunião virtual mesma, devemos perceber de certo, o papel de peça por peça a desenvolver aquilo, que, começado friamente, pelos cumprimentos e honrarias estas detalhadas sem levar em consideração valores religiosos ou morais, os posicionamentos coadjuntais de cognição; em uma palavra, é mister separar-se aqueles os quais trazem para si a responsabilidade e põem a opinião - tal sem tanta importância quanto ao sentido, valendo-se pela morfologia mesma -; para rodar ao conhecimento de todos; até dos mais especuladores ouvintes, estes sempre a esperar o momento exato para falar, o que só ocorrerá unicamente dessa maneira durante quanto durar a boa praça; e, certamente certeiros em sua significação, bem como certos de sua contribuição ser de aspecto fundamental para as pessoas ao redor.
Para o Bom Prosador ser o primeiro á chegar conta muitos pontos, assim também como o atrasado, bem como o falador já são equivocados antes mesmo de poderem serem julgados. Palavras soltas, nem pensar. Ha... Têm valor também os ouvintes, já que sem eles, haveria vizinhaça melhor? Assim também ocorre com os pensadores. Favor não confundir esses dois últimos tipos.
Por que é importante que haja o Bom Prosador está no último verdadeiro impasse que é o de calar. A única pessoa autorizada a calar o grupo é ele. Também isso ocorre graças á capacidade de calar quando deve a si mesmo; e, é esta percepção um tanto subtil e, de alguma beleza até, que marca o melhor entre os melhores da mêsa. Há de se têr na consiência, se quer se ser um Bom Prosador, que não é pecado algum transparecer ao grupo um certo ar superior; mas não essa heresia comum, característica não do fabricante par execelence do diálogo mútuo, chamada popularmente, e tão evitada, arrogância. Essa sim é hostil a todos e deve ser excluída, assim como o caráter esnobe.
Para o Bom Prosador, manter o nível da conversa, mudando de assunto quando necessário, enxergando a ora certa de se impor, de ouvir, pensar ou calar, mas tendo de deixar todos falarem, sem ferir-lhes o orgulho, nem sob hipótese de ameaça de morte, é fundamental. Ou, sem mais ou menos, arcará as consequências disso. Fugir do erro ou camuflá-lo é também considerado de grande valor para o que quando fala é alvo de atenções. Mas, principalmente e o mais importante: é preciso saber a ora de parar, pois que apenas a ele cabe, haja vista todos, desde o princípio, estarem - e apesar do grau ocupado nessa hierarquia - esperando simplesmente o momento em que tudo aquilo vá acabar, sem que perca-se o sentido de tudo e, entre os mais exigentes, pois sempre os haverá, ainda saia-se ganhando cousa alguma.
Assim, se falar é fácil, manter a fala é de maior valor ainda; comunicar-se como aqui vos delato, é modo a que valem-se todos os Bons Prosadores dos tempos todos unidos, todos e todas que tiveram tal função e que ainda as tem e em todos os lugares em sociedades das humanas às animais em que tudo isso ocorre, tudo é dever único e exclusivo desse; sem querer esquecer, é claro, que apesar de alguns nascerem com ou terem adquirido essa responsabilidade que é também uma qualidade, que essa posição, está às mãos de qualquer um, há-de sempre observar-se e poderá identificar todas as personas aqui enumeradas com alguma simplicidade.
Petrecostal
06/12/2009
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
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