Pelas 3 já estava de saco cheio, todas as lojas em que passamos, Lúcia e eu, eram apenas de enrolada, nenhuma enveredava uma lista, aliás, a lista que procurávamos, a do Cunha, e da Isabel, casal amigo nosso e de casamento marcado, deixaram a lista dos presentes em uma loja dessas, mas esqueceram de dizer qual.
- Ah... Paulo. Você hein, amigo?
Paulo era o mesmo Cunha, o do casamento, o da Isabel. Meu grande amigo. Mas há esta altura eu já dizia com meus botões que quem tem amigo desses não precisa de inimigo. Lúcia, minha esposa parecia estar gostando de tudo, do passeio, das paradas nas lojas, do entra e sai das compras; parecia não: estava gostando mesmo.
- Ai, querida. Vamos pra casa...
- Calma, meu bem. Vamos tentar só aquela e nós voltamos.
De aquela em aquela, passamos por quase todas as lojas especializadas em casamento da cidade.
Até que Lúcia cansou (Lúcia é minha mulher) .
Fomos em direção de casa, os dois já cansados, chegamos. Eu arriei no sofá, liguei a TV e relaxei com uma cerveja e futebol, Lúcia foi lá pra dentro. O telefone toca.
- Alô. Atendo.
- Rui?
- Oi, Cunha.
- Rapaz, sem casamento.
- Por que? Como pode?
Tava tudo marcado...
- A Isabel enlouqueceu, brigamos e ela foi pra casa da mãe. Você tem alguma palavra de amigo?
- Tenho. Passei o dia pensando nela, parecia que estava adivinhando...
- Então qual é?
- Vai pra puta que pariu.
Procurei a cidade inteira por um presente pra vocês e tá tudo cancelado? Te enterra, porra.
- Mas, afinal, tu achou o presente?
- Eh... não.
- Então tá um a um, meu chapa.
Pedro.
Blog estritamente com fins literários. Peço,por meio desta, aliás, exijo os direitos sobre tudo o que está escrito. Sem brincadeira, respeitem o espaço, para evitarmos complicações judiciais. Agradece, Pedro Costa.
segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
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